Pensamento Sistêmico

Hoje a discussão será o pensamento analítico versus o pensamento sistêmico. Culminando na Teoria Geral dos Sistemas (TGS).

O pensamento mecanicista (cartesiano, analítico) parte do presuposto de que a realidade pode ser decomposta em partes. Esta forma de pensar em sistemas seguia o processo de decompor o sistema até a menor partícula, analisando e compreendendo-a (processo de análise). A partir das propriedades das particulas estudadas generalisar, deduzir as propriedades e comportamentos para o todo (síntese). Esse paradigma concentra-se em relações lineares de causa e efeito.
Esta forma de pensar não é suficiente para explicar sistemas complexos da biologia, psicologia, econômia, sociologia, etc. Mesmo na administração, o paradigma mecanicista encontra dificuldade para gerar organizações mais complexas e flexíveis. Ela não é mais capaz de explicar novos fenômenos estudados, como a natureza da luz, particulas atômicas e subatômicas.

O pensamento mecanicista está restrito a situações onde há um razoável grau de estruturação dos problemas e estabilidade do ambiente, baixo grau de complexidade dinâmica e de influência das percepções de diferentes autores a partir de distintos interesses. Em resumo, a dificuldade do pensamento mecanicista advém do uso do método analítico: o reducionismo.

Em vista destas dificuldades, na metade do século XX, surge um novo paradigma, denominado de pensamento sistêmico. Este contraponto ao pensamento analítico tem seu foco nas características do todo, no relacionamento dinâmico entre as partes.
No pensamento sistêmico, a ênfase está no relacionamento entre as partes. Na construção do conhecimento, nossas descrições de mundo formam redes interconectadas de concepções e modelos, o que nos leva a passar da visão de causalidade linear para a circularidade, se busca um entendimento integral da realidade. Passou-se de um conhecimento objetivo para um conhecimento contextual, da verdade absoluta para as descrições aproximadas.

Por meio do pensamento sistêmico, houve uma busca da generalização que se refere a forma como os sitemas estão organizados, os meios pelos quais recebem, armazenam, processam e recuperam informações: uma Teoria Geral dos Sistemas.
A TGS visa aplicar o paradigma sistêmico à biologia, ciências do comportamento, as organizações (cada vez mais complexas e dependentes das informações). Um dos nomes mais importantes dessa teoria é o biologo Bertalanffy, que em 1956 publicou o livro Sistemas Gerais, onde constavam os propósitos desta nova abordagem acerca de sistemas.

No próximo post, os tipos de Sistemas de Informação: Sistemas de processamento de transações, Sistemas de informação gerencial, Sistemas de apoio à decisão e Sistemas de informação gerencial.

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